(Sonhos calados)
fechem os olhos
não haverá amanhã
criptografamos o medo
estacionado na fonte
no modo reverso
de um arco-íris digital
estamos perdidos
(melhor não ver)
seremos banidos?
(melhor não crer)
não mais terra
(residência)
não mais céu
(resistência)
sonhos calados
agora é o vento que corre sem medo
o melhor da imagem
beijo lavrado em lábios ardentes
asas do verbo
tessitura da fala, línguas e dentes
súbitos horizontes
mãos esticando a pele do tempo
(José Carlos de Souza)
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