(Mark Rothko)
a cor vazando o abstrato
corroendo o substrato
ocupando o vazio
o olho não descola da tela
não descansa a mente febril
as pinceladas se avolumam
e sangram azuis tardos...
silêncio na superfície das telas
nenhuma mosca há de pousar em seus tecidos
não há sinal algum que nos remeta ao óbvio
o óbvio se desprende de seus gametas e gira
circundando girassóis na negritude cósmica
entre o amarelo e o laranja
o vermelho se veste de esfinge
José Carlos de Souza
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