(um buquê de estrelas)
o olho morto comanda a multidão
o espírito passeia. procissão
tenho que galgar infinitos degraus
despencar quando estou quase no topo
beber do vinho que corre nas veias
sovar o pão, cevada ou aveia
varandam pássaros descabelados
tatuei as emoções.aprisionei os sentimentos.libertei o coração
fujo dos sentimentos movediços
e me esqueço
2
o olhar claro da aurora faz com que eu sacuda o mal-estar
e beba os últimos goles do pesadelo
a lua tem faces, fases ou disfarces?
qual a verdadeira cor do vento?
naves sonâmbulas
voam no silêncio de quase noite
3
trago folhas para o chá
flores para seduzir
4
seu andar elegante preconiza um poema
5
água de moringa
evoca saudades
ouço palavras em línguas nuas
hoje a noite nos presenteou
com um buquê de estrelas
6
as ideias giram em rotações convulsas
o sol vem varrendo a escuridão
estrela solidária rege constelações
(José Carlos de Souza)
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