quarta-feira, 27 de agosto de 2014

(Herzog - Farsa grotesca)


farsa
mal
montada

história
mal
contada


                   (José Carlos de Souza)

terça-feira, 26 de agosto de 2014

(!)


a fala
fere
a seda
fina

breves
tensões

o orgasmo libera
gritos em profusão


  (José Carlos de Souza)

(mimetismo)


lagarto no jardim.
cores ou flores?


   (José Carlos de Souza)
(...)

folha de couve rendilhada.lagarta laborando poema

                                                     (José Carlos de Souza)

(Temeridade)

hora do rush
e o velhinho
atravessa o asfalto
no seu passo pingado.


    (José Carlos de Souza) 

terça-feira, 19 de agosto de 2014

(Prazer)


calidamente
finos dentes
mordem a carne e a mente

o coração se dissolve


      (José Carlos de Souza)
(...)

poeira e lama. chão que alimenta os meus pés

                                       (José Carlos de Souza)

(Na casa do sem jeito)


às vezes
a vida é
uma encruzilhada
uma armadilha
uma cilada

às vezes
nem isso


  (José Carlos de Souza)
Canoa Quebrada
(cantiga de brisa e de sol)

teu céu
sempre sol
nas noites
de cem luas
Canoa dança
como um girassol


       (José Carlos de Souza)

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

(!)


o louco vai.
leva na mão 
o vazio da esperança

o louco vem.
vem de conversa
com o tempo

os deuses perderam a paciência
nós perdemos os deuses

         (José Carlos de Souza)

 

(Futuro)


um tiro
no escuro

assim
é o nosso
futuro


  (José Carlos de Souza)


(...)

me despi do momento
num cafuné de segredos.
 
    (José Carlos de Souza)

(...)



mar.sombra da eternidade

        (José Carlos de Souza)

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

(Líquido olhar)



o sol derretendo cristais
líquido olhar
cores do medo

no aquário
os peixes sonham...
...outros mares


     (José Carlos de Souza)

(!)



a minha casa
não pode ser o acaso

a minha vida
não pode ser só ocaso 


        (José Carlos de Souza)

terça-feira, 12 de agosto de 2014

(Sonhos calados)


fechem os olhos
não haverá amanhã

criptografamos o medo
estacionado na fonte
no modo reverso
de um arco-íris digital

estamos perdidos
(melhor não ver)
seremos banidos?
(melhor não crer)

não mais terra
(residência)
não mais céu
(resistência)

sonhos calados
agora é o vento que corre sem medo

o melhor da imagem
beijo lavrado em lábios ardentes
asas do verbo
tessitura da fala, línguas e dentes
súbitos horizontes
mãos esticando a pele do tempo


                                 (José Carlos de Souza)

  (simulando razões) esse jogo de máscaras  esconde esgares congela o voo tudo para que  o caos se faça na pele enrugada da tarde para que u...