terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

(Caos e cais)



tanto azul
nenhum sol

para esperar em silêncio
e se assombrar com o vazio

caos
e cais


        (José Carlos de Souza)

(Cara ou coroa)

                  

cara ou coroa, me diga numa boa
que caminho seguir, que destino tomar?
sigo as pegadas
do seu coração. são pegadas de luz,
rastros de luar. me diga sem medo,
seus sonhos, seus planos, se canta, se dança,
se tece, se trança,
me fale da vida, qual sua vontade
me diga, na boa!
vamos precisar...

do amor tudo já foi dito e revelado
escrito, plagiado, fato consumado
pode crê!
mas o que fala por nós é o amor puro e pleno,
amor sem ter fim, predestinado
laços entre nós.
quando lembro dos meus erros e desatinos
não consigo entender
porque eu fiz você sofrer?
diz pra mim, te quero, te amo
nosso destino é amar

cara ou coroa, me diga numa boa
que caminho seguir, que destino tomar?
sigo as pegadas
do seu coração. são pegadas de luz,
rastros de luar. me diga sem medo,
seus sonhos, seus planos, se canta, se dança,
se tece, se trança,
me fale da vida, qual a sua vontade
me diga, na boa!
vamos precisar...

                              (José Carlos de Souza)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

(Reconfigure)


ficar 
partir
falar 
calar
seu corpo sentir
num abraço
apertar

errar
acertar
os passos
medir
as palavras
pesar

nada é tão importante
que não possa
aguardar um instante

tudo é transitório
um tanto ilusório
quase sempre frustrante

nem mais um minuto
nosso tempo acabou
digite a nova senha
reconfigure o amor.


           José Carlos de Souza

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

(Brincando no Armagedon)

 

quantos galopes
sacodem minhas veias?
quantos goles
beberei na última ceia?

debris de um mundo agônico
mecha acesa sobre a mesa
candelabro arcaico, atômico
na tela escura, olhares febris
fulgor laminal, água lustral
som pulsante rasgando a veia
aquífero errante, gás letal

nos pés, poeira ancestral
na boca, palavras de sal
o sol navega em outro céu
mais azul, multiestrelado
enquanto a lua segue minguando
- e o coração?
dilacerado!
 
                       (José Carlos de Souza)

  (simulando razões) esse jogo de máscaras  esconde esgares congela o voo tudo para que  o caos se faça na pele enrugada da tarde para que u...