quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

(Brincando no Armagedon)

 

quantos galopes
sacodem minhas veias?
quantos goles
beberei na última ceia?

debris de um mundo agônico
mecha acesa sobre a mesa
candelabro arcaico, atômico
na tela escura, olhares febris
fulgor laminal, água lustral
som pulsante rasgando a veia
aquífero errante, gás letal

nos pés, poeira ancestral
na boca, palavras de sal
o sol navega em outro céu
mais azul, multiestrelado
enquanto a lua segue minguando
- e o coração?
dilacerado!
 
                       (José Carlos de Souza)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  (simulando razões) esse jogo de máscaras  esconde esgares congela o voo tudo para que  o caos se faça na pele enrugada da tarde para que u...