quinta-feira, 25 de setembro de 2014

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

(Samba Mudo)



o coração do poeta
bate surdo
quando o samba
se faz mudo

o samba é semente
que brota da imaginação
fecundo raio de luz
 

que rasga a escuridão
quando a madrugada
recolhe o seu manto
o poeta, com voz orvalhada
embriagado de poesia
tira do silêncio o canto
falando de amor
em cadenciada alquimia.

na folha da memória
inscreve-se a boemia
colocando o samba
na pauta do dia
e a velha guarda
nos livros de história

o coração do poeta
bate surdo
quando o samba
se faz mudo


  (José Carlos de Souza)

* Letra musicada por Wimer Bottura Júnior

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

(Zanga)



suspiro articulado
como prévia do bocejo 
mal-humorado

stress desencadeado

    (José Carlos de Souza)

(...)


a definição
do ser serpente
sempiterno

a aferição
do céu solúvel
casa do homem eterno 


      (José Carlos de Souza)

terça-feira, 2 de setembro de 2014

(Solto de corda e canga)



solto
de corda e canga
andei por ruas, estradas
longe do meu caminho
errei por noites escuras
pulei de ninho em ninho.
pisei terras estranhas,
joguei pedras, descaminhos.
nas veredas plantei a sorte
travei batalhas, lutei sozinho.

garimpei águas marinhas,
destilei o mais fino licor,
das estrelas colhi o brilho,
tudo por você,
meu amor!
tudo pra você,
meu amor!


          (José Carlos de Souza)

(Sou assim)


sou assim
longe de você
nem me conheço
perto
me perco
quase
desapareço.

sou assim
tonto
de tanto amar
sonso
como o rio e o mar
quando vejo você
enlouqueço.

sou assim
como o sol e a chuva
o mosto da nobre uva
quando
viajo em suas curvas
do mundo
me esqueço.


   (José Carlos de Souza)

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

(Saudade)



saudade é um rio aceso
queimando solidão

            (José Carlos de Souza)

  (simulando razões) esse jogo de máscaras  esconde esgares congela o voo tudo para que  o caos se faça na pele enrugada da tarde para que u...