segunda-feira, 8 de setembro de 2014

(Samba Mudo)



o coração do poeta
bate surdo
quando o samba
se faz mudo

o samba é semente
que brota da imaginação
fecundo raio de luz
 

que rasga a escuridão
quando a madrugada
recolhe o seu manto
o poeta, com voz orvalhada
embriagado de poesia
tira do silêncio o canto
falando de amor
em cadenciada alquimia.

na folha da memória
inscreve-se a boemia
colocando o samba
na pauta do dia
e a velha guarda
nos livros de história

o coração do poeta
bate surdo
quando o samba
se faz mudo


  (José Carlos de Souza)

* Letra musicada por Wimer Bottura Júnior

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