quarta-feira, 3 de junho de 2015

(um buquê de estrelas)


o olho morto comanda a multidão
o espírito  passeia. procissão

tenho que galgar infinitos degraus
despencar quando estou quase no topo

beber do vinho que corre nas veias
sovar o pão, cevada ou aveia

varandam pássaros descabelados

tatuei as emoções.aprisionei os sentimentos.libertei o coração
fujo dos sentimentos movediços
e me esqueço

2

o olhar claro da aurora faz com que eu sacuda o mal-estar
e beba os últimos goles do pesadelo

a lua tem faces, fases ou disfarces?
qual a verdadeira cor do vento?

naves sonâmbulas
voam no silêncio de quase noite

3

trago folhas para o chá
flores para seduzir

4

seu andar elegante preconiza um poema

5

água de moringa
evoca saudades

ouço palavras em línguas nuas

hoje a noite nos presenteou
com um buquê de estrelas

6

as ideias giram em rotações convulsas
o sol vem varrendo a escuridão

estrela solidária rege constelações

                                                                       
                    (José Carlos de Souza)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  (simulando razões) esse jogo de máscaras  esconde esgares congela o voo tudo para que  o caos se faça na pele enrugada da tarde para que u...