terça-feira, 1 de dezembro de 2015

(Poeira d'água)




o vapor segue
pelo líquido estradão
poeira d'água
brilha nos olhos

na proa a proteção
enigmática carranca
fechada em mistérios

livra-nos das maldições
                                                      
puxando a linha das margens
fileira de casas, ribeira
num cordel de imagens
vida simples, passageira

é sol de quase noite
quando o horizonte bebe o rio
lamparinas se acendem
a felicidade está por um fio
                                                  
moinho de flores...
um barco dançante...
poeira d'água
brilha nos olhos

     (José Carlos de Souza)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  (simulando razões) esse jogo de máscaras  esconde esgares congela o voo tudo para que  o caos se faça na pele enrugada da tarde para que u...