quinta-feira, 11 de julho de 2019

(com o sol na garganta)


o sertão não é metáfora
é vida marcada a ferro e fogo
rusticidade que desafora


quando a seca dá as caras
faz serão anos a fio
demora de ir embora


com o sol na garganta
mãos amarradas ao destino
o sertanejo resiste aos desafios


o olhar plantado na terra nua
vê o sol forjar imagens
criar rios de miragens


seguindo a sina nordestina
juntos cantamos ladainhas
juntos seguimos procissão


(José Carlos de Souza)

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