(canícula feroz)
ao meio-dia
o sol bebeu as nuvens
canícula feroz
faz ferver o chão das nossas causas
o vento traz o mormaço
e um silêncio de gravetos calcinados
tudo cheira a sol
do mato ao gato, da pele ao lençol
sorrateira sonatina das cacimbas
a seca riscando às cegas
punhal veloz marcando a vida
Nenhum comentário:
Postar um comentário