segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

(Cut up)



silêncio não se anuncia
ogivas explodem meus nervos

o que dizer do poema sem poesia?


imagens impressas em outro tecido
sopro, vento moído, rendilhados e nós
nossos olhos consumindo a farsa
mágico ordenhar de estrelas
verbo fingido, brilho pálido de punhal

deitarei em teus olhos
um arco-íris sedoso


                             (José Carlos de Souza)

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