domingo, 26 de janeiro de 2014

(Gralha serpente)



em desaforo de poesia
com letras de fogo
na penúria do corpo
um rasgo de ironia
em palavras de aversão
todos os deuses
lendo sua alma
como sendo
o opúsculo secular
de infinita grandeza
oposto da avareza
dos que não têm visão.

pedra de toque
a gralha
semeou livros
sem saber do furor
da serpente
que nos legaria
confundindo as imagens
em enigmas
no outro lado
da miragem
onde o absurdo
se alojaria.


  (José Carlos de Souza)

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